Yoga contra os males da Menopausa, uma pesquisa realizada por médicos da Unifesp.



Foto: Curso Yoga para Mulheres: Saber Ancestral na Vida Urbana, com Fabiana Rodrigues, no espaço Fundamental Yoga, dezembro de 2012.






Ufa! Já não era sem tempo! O que já é popularmente sabido há milênios pelos indianos começa a ser respeitado de uma forma relativamente mais abrangente aqui no Ocidente quando alguma instituição de pesquisa científica faz experimentos com voluntários, questionários, testes e comprovações. Mesmo assim chego a me emocionar assistindo à parcela da comunidade médica brasileira que antes resistia, finalmente se "entregar, confiar e agradecer" (preceito do Professor Hermógenes, um dos precursores nos anos 60 do Yoga no Brasil) à sabedoria milenar do Yoga. Parece que há luz no fim do túnel para a medicina "oficial" ensinada quase que como única verdade (só ela era absoluta, pois comprovada) de nossas universidades e praticada na maioria esmagadora de nossos hospitais. Estarão estes felizmente a RE-LIGAREM-SE à sua razão de ser: promover a saúde, ao invés de somente curar  doenças?  

A saúde geral do corpo-mente-alma pode ser muito próspera durante o climatério e a menopausa. E mais, esta pode se tornar uma das fases mais férteis da sua vida, como muitas mulheres têm relatado, por conta da maturidade alcançada. Segundo esta pesquisa recente da Unifesp, desconfortos causados pelo climatério e a menopausa podem chegar a zero com a prática de Yogasanas, Pranayama e meditação. Segundo Marcelo Csermak, pesquisador da Unifesp sobre os efeitos da meditação para um climatério e menopausa saudáveis, “não despertar mais à noite, dormir mais do que cinco ou seis horas, ter sono regenerador e qualidade de vida melhorada, diminuição de stress e ansiedade” são parte do conjunto de resultados alcançados com as voluntárias do programa. “O que nos deixa muito feliz, pois compreendemos que temos uma técnica dentro da gente que é fácil, barata e simples, que se aplicada de forma constante pode ter benefícios para toda a saúde”, diz Marcelo.

As voluntárias eram mulheres que sofriam com toda a sorte de clássicos sintomas de desequilíbrio endócrino característicos da transição para a menopausa, e se comprometeram em não utilizar nenhum outro tipo de tratamento durante o experimento. Alguns de seus sintomas freqüentes eram: dor-de-cabeça, ondas de calor, ansiedade, insônia e, em alguns casos, melancolia e depressão. 

A prática do Yoga tem seu poder afirmado nesta pesquisa juntamente com a da meditação, que afirma que “por meio destas técnicas de concentração e introspecção as mulheres entram em contato com o Sagrado, de acordo com a fé de cada uma. Hoje percebemos que a espiritualidade e a fé são muito importantes na melhoria da qualidade de vida e de muitos aspectos relacionados à saúde”, segundo Ruy Ferreira Afonso, outro pesquisador da Unifesp.

Para muitas mulheres, o que era um sonho aparentemente impossível torna-se agora parte da vida cotidiana: esquecer-se do fantasma da menopausa como um desconfortável e pesado fardo a ser carregado por nosso gênero. Com uma energia vital próspera e vibrante, os horizontes (externos e internos) estarão sempre abertos.

Ao tomar conhecimento desta pesquisa ocorrendo dentro da Unifesp, sinto alegre o caldo desta cultura engrossando, e fico grata e contente com toda a energia que tenho investido em minha pesquisa com o projeto YOGA PARA MULHERES: SABER ANCESTRAL NA VIDA URBANA, que inclui jornada de aulas especiais desde 2011 e a publicação do GUIA PRÁTICO YOGA PARA MULHERES, com sequências acessíveis para todos os níveis de praticantes que queiram aprender como administrar suas oscilações hormonais com Yoga. Por coincidência temos justamente neste próximo sábado uma aula relativa ao tema menopausa. Espero poder contribuir para o plantio desta sementinha de consciência nas mulheres, e o reconhecimento de que a luz no fim do túnel na verdade está brilhando dentro de nós.


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