E chega ao final 2013. No final do ano passado fomos
avisados por astrólogos,
sacerdotes e sacerdotisas que não seria um ano
fácil. Muito trabalho, esforço, confiança na firmeza,
na força e na retidão das
atitudes. Mas que a palavra difícil não deveria ser
usada, pois difícil é algo que não conta com
suficiente capacidade de solução. O que
provavelmente não seria o caso
se nos esforçássemos e seguíssemos
plantando o que deveríamos já vir plantando
desde cedo, ou iniciássemos o
quanto antes o que de importante não tivéssemos ainda
iniciado e nos esperava em pendência.
A orientação para 2014 é não baixar as
guardas, mas há agora uma indicação pelos mesmos
estudiosos do ano anterior de que todo o trabalho de plantio receberá expansão, assim como
tudo o que não se resolveu, não se clareou
ou para o que não se buscou
clareza, esta escuridão também pode se
expandir, pois será um ano de
expansão de tudo o que está em curso.
Portanto, palavras de ordem são cuidado,
foco, organização, definição, clareza!
Termino este ano como professora honrada por minhas
alunas e companheiras de jornada. Mulheres que vivem em busca de contato
profundo consigo, com seu leito de vida, com suas margens, sua cobertura, seu
conteúdo, seus habitantes, seu respaldo, seus acidentes de percurso e suas
contas preciosas.
Estas mulheres chegaram e continuam chegando até mim porque
elas E eu estamos em busca de uma companhia na orientação para nosso
percurso, e após meses e anos de encontros semanais continuam comigo, e assim me honram
a alma. É de tamanha responsabilidade este ofício que me foi
confiado, para o qual sigo buscando me refinar e estar à altura do que
merece a Grande Jornada. Boa parte do que há disponível para nós nem mesmo sabemos,
sinto em meu coração que temos o
infinito para ser partilhado dentro de nosso universo feminino.
Como praticante o ano nunca termina e nunca começa, pois o
insaciável desejo de ir mais fundo está no dia-a-dia,
e se repete a sensação de que ainda
falta muito, seguida de saciedade após um Savasana
que coroou uma prática. Mas
confesso que depois de minha primeira visita à Índia, esta
busca adquire contornos mais macios, tolerantes, humildes, com mais entrega e
auto-acolhimento.
E este TUDO ainda não descoberto
por nós está à nossa espera. À espreita,
aguardando nosso amoroso e firme olhar. Olhar de fé que não precisa de
desvios. Olhar transparente, penetrante, confiante. Olhar de mãe, de irmã, de amiga, de
semelhante.
Para estas mulheres, que correm como rios porque
descobriram que são terra, água, fogo, ar
e éter e sabem que não há vida sem esta
certeza, dedico toda a minha gratidão e amor, meu
trabalho, minha imensa vontade de que cresçamos, floresçamos e
frutifiquemos a partir do âmago da força da natureza
que cada uma de nós é.
E que assim seja.
Um encerramento e uma renovação de ciclo
abençoada para todas e cada uma.
Om, Paz, Paz, Paz.
Paz na Terra. Viva a Grande Mãe.