FERTILIDADE


Que boas experiências temos tido em grupos nós mulheres que praticamos juntas semanalmente na escola Yoga Dham em São Paulo! Todas praticamos, todas damos e recebemos. Eu por exemplo, estou lá compartilhando o que tenho recebido e aprendido com meus professores inspiradores, e tanto recebo em troca por isso!

Elas têm buscas das mais variadas, mas vejo que TODAS têm uma em comum: a fertilidade. De seu corpo, de sua mente, seu trabalho, sua família, seu ventre. Este tipo de busca é particular das mulheres. Os homens têm lindas outras buscas, mas difícil encontrar um deles com tal desejo, assim da mesma forma como as mulheres, que partem de sua porção terra. Elas querem nutrir, remexer, arar, semear, regar e depois se deitar no colo deste solo bem macio, sua própria terra.

Parabéns pela abertura e pela arte que têm praticado de manter aceso e vívido o fogo interno da busca pelo seu self, sempre no contentamento!

Quem busca com coração aberto e com o desejo bem temperado pela clareza máxima de se interessar tanto pelo que brilha quanto pelo obscuro em seu interior, encontra um solo interno MUITO mais que fértil para a construção de uma vida rica em muitos sentidos.
Como fruto, há um rebento que vem antes do rebento biológico (um filho biológico) em importância para uma vida, que é a auto-realização, ou seja, realizar o que você veio para SER. Esta sim deve ser nossa busca máxima e incessante!

E quando então há o desejo por esta busca, nossa consciência profunda (no ocidente chamada de inconsciente pela psicanálise) encontra inúmeras traquitanas para nos mover a realizar nosso Dharma (caminho) em direção à realização. Ela (a consciência profunda) nos coloca em situações que nos fornecerão ensinamentos e ferramentas para a superação de obstáculos internos, que obstruem o caminho à realização. 

Isso tudo deve ser observado. No processo de busca da fertilidade, nossa compreensão yóguica é de que a fertilidade tem um sentido MUITO amplo e é, definitivamente, consequência do seu Dharma, e não o objetivo central de sua busca.

Então, como podem ver, o Yoga tem muito mais a oferecer a vocês do que a prática de Asanas com foco de abrir a pelve e tornar ou sistema reprodutor saudável. O Asana é um dos aspectos do Yoga. Antes vêm algumas disciplinas éticas consigo (corpo, mente, espírito, ou consciência profunda, ou inconsciente, como quiserem chamar) e com o mundo. E junto com os Asanas devemos praticar Pranayama (atenção e controle da respiração), Pratyahara (recolhimento dos sentidos para não nos escravizarmos pelos desejos), Dharana (treinamento da capacidade de concentrar-se) e Dhyana (meditação). O Yoga é tudo isso. Se queremos colher os frutos mais preciosos, que humildemente tentei descrever acima, é mais eficiente que pratiquemos Yoga com o objetivo de nos tornar conhecedores de nosso TODO. Afinal, quanto  há sobre você que ainda permanece misterioso, não é mesmo?

Um beijo e um abraço bem apertado a todas!
Amor!

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