“Yoga é para todos. Ninguém está excluído. Sejam homens, mulheres ou crianças, pessoas idosas, doentes ou deficientes, o caminho do yoga é aberto a todos. No entanto, você tem que praticar de acordo com sua capacidade física, mental e espiritual. Yoga é para nos dar uma maneira de descobrir ou redescobrir a nós mesmos. Nos ensina como encontrar a grande margem de capacidade máxima que temos dentro de nós, para que sejamos capazes de expor-nos a nós mesmos e descobrirmos o que realmente somos.
Quando surge a pergunta sobre homens e mulheres, Patãnjali não disse em qualquer lugar que uma coisa é para homens e outra é para as mulheres. Ele não considera ninguém, seja homem ou mulher, mais importante do que qualquer outra pessoa. Basicamente, é o praticante, o sadhaka, a si mesmo, que tem que ser honesto em todos os momentos e sempre continuar tentando trazer fraquezas internas à superfície de modo que comece a entender-se com mais clareza. Você pode lidar diretamente consigo. Então, na medida em que a prática do yoga está em causa, não há diferença entre homens e mulheres.
No entanto, devemos reconhecer algumas diferenças básicas quando o corpo biológico está em causa. Yoga é uma, mas as mulheres e homens diferem uns dos outros, e cada indivíduo é diferente do outro. Constitucionalmente não há diferença quanto ao funcionamento fisiológico do corpo, mas constitutivamente existem diferenças entre homens e mulheres. Isso não significa que o yoga é diferente para um determinado tipo de corpo, mas a capacidade ou habilidade é diferente em cada pessoa. É apenas uma questão de como adaptar a prática para que ela traga um bom equilíbrio e torne-se adequada para a capacidade aquele corpo físico e mental. Assim, devemos entender esse fato básico sobre a adoção de ajustes na prática...
... Além disso, os corpos das mulheres têm certas funções
biológicas para executar, que precisam ser levadas em conta. Homens e mulheres
têm órgãos geradores e reprodutores, mas nas mulheres o funcionamento difere dos
homens. Devido a esta diferença, a prática difere. Desde que os princípios do yoga
sejam observados, a sinceridade na abordagem e na aplicação da metodologia não
fazem a diferença. No entanto, quando se trata da prática de asanas e prānāyāmas
sua adaptação no sadhana (prática) faz a diferença. Isto tem que ser notado
pelas mulheres, a fim de manter a saúde física e mental.
Hoje o assunto principal é como as mulheres podem
ajustar sua prática durante seu ciclo mensal. Toda mulher sabe que seu corpo
sofre algumas alterações durante o mês todo, porque a cada mês ela menstrua. É
uma função importante, que a diferencia de um homem e nesse sentido tem que ser
reconhecida quando sua prática de yoga está em causa.
Um homem também tem certos hormônios que criam as
mudanças em seu corpo, mas essas mudanças não são tão visíveis como as mudanças
no corpo de uma mulher. Menstruação em si é a indicação da feminilidade e,
obviamente, uma necessidade para a maternidade.
A menstruação saudável é uma indicação significativa
de um estado saudável do corpo e da mente. Temos que respeitar a nossa
feminilidade, temos que respeitar nossos corpos que têm esta função muito
importante a desempenhar. Obviamente, temos de ajustar nossa prática. Se não
respeitar este fato, então estamos desrespeitando nossa própria existência,
assim como o da futura geração. E quando eu falo do desrespeito à nossa própria
existência, isso se aplica aos homens também. Embora esta conversa está
relacionado às mulheres, é necessário que os homens tomem conhecimento também.
Por quê? Porque de fato cada homem veio à existência por meio da existência de
uma mulher, que é sua mãe, que um dia estava menstruada. Se os homens entenderem
suas mães, eles vão compreender suas esposas também."
Geeta S. Iyengar, filha do mestre indiano B.K.S. Iyengar, criador do método Iyengar Yoga, no qual este trabalho está pautado.
Na foto acima, ensino às alunas em aula durante o Yoga Pela Paz 2012 como sair da postura Supta Badhakonasana, cuja prática constante nutre todo o aparelho reprodutor feminino, tornando-o forte, flexível e saudável. É comum, por exemplo, com a prática, as mulheres superarem desconfortos como corrimentos vaginais, candidíase e cistite de repetição, secura vaginal, entre outros.
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