O poder do círculo
“A dança circular sagrada foi um movimento que surgiu nos anos 70 na comunidade de Findhorn. De lá pra cá, inúmeras pessoas foram tocadas pelo resgate do que sempre nos fez dançar juntos quando celebramos a vida, a morte, os ciclos da terra e da lua, os encontros, as despedidas. Rituais do mundo inteiro, e de todas as etnias, originalmente reuniam pessoas em roda. Com o passar dos séculos a roda transformou-se em duas linhas, depois começamos a dançar aos pares, e hoje dançamos sozinhos. Qual seria o sentido afinal de voltarmos a dançar juntos?
Quando você mal conhece os moradores da porta ao lado, dançar junto tem o dom de criar harmonia rapidamente e sem palavras. Existe um poder no círculo, no grupo de pessoas que se dão as mãos e se movem juntas, em harmonia com ritmos, melodias e passos que sobreviveram aos séculos. As danças circulares restabelecem sentimentos comuns a todos os seres humanos e por isso são tão transformadoras. Ninguém precisa ser um dançarino treinado, basta entrar de coração aberto para compartilhar esse transbordamento de espírito e de alegria.
... Penso em Shiva Nataraja, o deus hindu que dança porque tudo o que existe, vivente ou não, pulsa em seu corpo. Nele se vê todo o movimento cósmico. Nele a arte e a espiritualidade são uma unidade perfeita, escolhida para representar o divino porque, na dança, o que é criado é inseparável do criador.” Sonia Hirsch. “Paixão emagrece, amor engorda”. Editora Sextante.
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