Por toda a vida teremos a sensação de que não sabemos nada quando
tentamos saber pela ‘cabeça’ e não pelo ‘coração’. Quando fazemos força para
reter conhecimento. Saber tem a ver com sabor. É preciso saborear o saber.
Ao lembramos de praticar Asanas
com o coração, sentindo e ouvindo o corpo, deixando o que já sabemos emergir,
além de percebermos que já sabemos algo, desfrutamos mais das nossas ações,
porque estamos sentindo, saboreando, verdadeiramente vivendo. E assim, teremos
espaço para dar conta com mais clareza do que ainda não sabemos, de onde falta
luz, onde falta saborear, saber. Daí poderemos nos guiar para buscar legitimamente.
Então
a prática de Yogasana se torna um
saboroso treino na vida: para saber o que fazer com o corpo no Asana, relaxo as têmporas e vou na
temperança. Pode ficar tudo sem foco num primeiro momento. Como na foto acima. Mas exalo lenta, suave e
profundamente, me deixo esvaziar de minhas certezas, depois inspiro lenta,
suave e profundamente também, me encho de coragem, e com um sorriso interno de
acolhimento ao meu esforço, tudo fica muito mais prazeroso.